C-Value-Enigma’s Weblog

maio 12, 2008

Hubblecast

Filed under: astronomia,ciencia — cvalueenigma @ 4:38 pm
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Hubblecast é uma iniciativa da ESA para divulgação dos feitos da missão Hubble.

Liderado pelo sempre animado Dr. J (Joe Liske), os episódios são distribuidos nos mais variados formatos de vídeo, do velho .MOV, passando pelo .MPEG até HD – high definition.

Hubblecast

Trata-se na verdade de uma coleção de curtas que versam sobre os mais variados temas astronômicos, ligados diretamente a descobertas obtidas graças as potentes lentes do telescópio Hubble.

Hubble Space Telescope

No primeiro episódio, Dr. J nos conta sobre a descoberta intrigante de uma “Galáxia Cometa”:

Hubblecast, episode 1

Download do vídeoDownload da legenda em portugues

Já no segundo episódio tomamos conhecimento sobre galáxias barradas (além do fato da Via Láctea possivelmente ser uma delas) e buracos negros supermassivos:

Hubblecast, episode 2

Download do VídeoDownload da legenda em portugues

Aconselho a todos os interessados em astronomia a assistirem tais vídeos, pois cobrem o tema de forma simples e interessante.

 

 

maio 8, 2008

Loterias: pseudo teorias e seus problemas

Filed under: ciencia,programação — cvalueenigma @ 9:11 pm
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É interessante como até hoje se vê na internet pessoas utilizando o velho esquema de dezenas atrasadas/adiantadas para montar seus jogos e testar sua sorte nas loterias.

Para quem não sabe, tal esquema consiste basicamente em contar em determinado período de tempo quantas vezes cada dezena da loteria em questão saiu, montando uma tabela ao estilo “dezena versus quantidade de sorteios que apareceu”. No passo seguinte estas são classificadas em dezenas “quentes” (ou sortudas, para aquelas que saíram mais vezes), e “frias” (ou azaradas, aquelas que saíram poucas vezes).

O uso do esquema varia. Enquanto alguns jogam somente nas dezenas quentes alegando estas estarem no momento com “sorte”, outros fazem o inverso: evitam as “mais” quentes sob o pretexto que estas já tiveram sorte por tempo de mais, portanto com grande chance desta “onda” mudar.

A verdade é que esse esquema é uma das falácias probabilisticas mais conhecidas em jogos de azar, sendo baseada, mais especificamente, na famosa lei das médias (e um pouco também na ilusão de agrupamento, que nos faz ver padrões onde não existem).

Para demonstrar que o que diz a lei das médias está errado, basta imaginar um jogo de cara ou coroa: o fato de sair duas caras consecutivas não garante que a próxima sairá coroa (como prega a lei), já que você pode muito bem estar na realidade no início de uma sequencia de várias caras.

Na verdade, não dá para dizer nem quando a sequencia de caras irá terminar, já que estatisticamente todas as sequencias devem sair em algum momento e em igual proporção. Isto é: três sequencias de coroas sairá em uma determinado intervalo de tempo mais ou menos na mesma proporção que três sequencias de caras.

Existe até uma fórmula estatística que calcula a quantidade de dezenas que estarão atrasadas ou adiantadas ao longo do tempo. O problema é que não dá pra dizer “qual” sequencia (ou dezena) atingirá “qual” tamanho em determinado instante do tempo.

Este, inclusive, é um perfeito exemplo de aplicação do modelo matemático de passeio aleatório (que por sua vez é usado no estudo do movimento browniano) e da eterna busca para saber “quando” o movimento neste passeio terá sua direção modificada.

O modelo de passeio aleatório mais simples é o caminhar do bêbado: neste temos uma linha imaginária onde um individuo alcoolizado deve seguir percorrendo indefinidamente. A cada passo de sua caminhada o bêbado decide (com igual probabilidade) se dá um passo para a direita ou para esquerda (ele não anda em linha reta), tudo em relação a tal linha, afastando-se ou reaproximando-se desta a cada momento.

O problema consiste em, uma vez iniciada a caminhada, identificar quanto tempo demorará para o bêbado voltar a cruzar a linha inicial (ou então, pelo menos, quando este passará a um padrão de aproximação ou distanciamento desta).

O problema do passeio aleatório é abordado também em antigas estratégias de estudo do movimento da bolsa de valores, tendo o princípio de onda de Elliott (que não tem bases científicas para apoiá-la, diga-se de passagem) seu maior exemplo.

Uma dica que dou para quem quer tentar a sorte em loterias da Caixa é ler meus artigos sobre MegaSena e LotoFácil, que dão dicas simples e estatisticamente confiáveis que podem, pelo menos, ajudar na escolha de suas apostas.

E para os loucos por bits e bytes, aconselho também a dar uma olhada nesse meu programa, que usa algumas das idéias contidas nos artigos.

 

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